Amazonino Mendes não entrou para a política ontem. Aprendeu e fez escola política. Isso é fato. Quando a maioria pensava que já tinha morrido e sido enterrado politicamente ele ressurge muito mais por incompetência de gestão do seu antecessor e por se aliar aos políticos que se esbaldam com a miséria humana em programas sensacionalistas do que por suas próprias forças e feitos como homem público.
As demonstrações de insatisfação com o seu atual governo têm sido inúmeras. Seu maior reduto eleitoreiro cansou. E tanto cansou que respondeu à altura através de uma enorme humilhação presenciada pela maior autoridade política de um país, o presidente da República: uma sonora vaia durante a inauguração de um conjunto habitacional na zona norte de nossa capital. Após isso, o prefeito se comprometeu a fazer uma pesquisa onde, se no resultado demonstrasse que a maioria da população de Manaus estivesse insatisfeita, renunciaria. E quem acreditou?
Posteriormente outra humilhação ao preterir o seu antigo líder Isaac Tayah na disputa pela presidência do legislativo municipal em face de um neófito. Vitória de Isaac Tayah “Braga”.
E, quando menos se espera, em sua mensagem na Câmara Municipal de Manaus no último dia 07, surge um novo Amazonino: o “Nino paz e amor”. Pouco parecia aquele que há poucos meses atrás criticava duramente o ex-prefeito e que, mesmo passado dois anos de seu mandato ainda via em seu antecessor o verdadeiro culpado por um governo inerte e incompetente.
Tenho a impressão de que nessa nova fase do “Nino paz e amor” até as suas entrevistas coletivas, que se transformavam em verdadeiros monólogos, exposição de ideias e nada mais, se tornem mais democráticas. Jornalistas engessados, acuados, amedrontados, que evitavam o embate deverão ter uma trégua. Um Amazonino ainda acostumado com uma velha política praticada nos anos 80 e 90 e que hoje em dia não cabe mais deverá dar um tempo. Até porque exemplos pelo mundo não faltam. Que o diga a população do Egito e de vários países árabes que encontraram através da internet formas de não tolerar governos despóticos. As tecnologias de informação ainda não estão ao alcance de todos, mas é bem verdade que hoje em dia existem muito mais ferramentas disponíveis do que há 30 ou 20 anos atrás.
Frases de efeito, metáforas (acredito que tenha aprendido com o Lula) e uma postura mais humilde – pasmem vocês! – fizeram com que o principal objetivo de sua presença na Câmara Municipal fosse totalmente distorcida. Quais as metas para 2011? Qual o balanço de 2010? Gastou o seu latim, literalmente.
Em seu discurso, ao reconhecer que o ex-prefeito teve dificuldades de administrar a cidade por falta de ação conjunta e em seu discurso afirmar que o PIB (Produto Interno Bruto) de nossa capital é de 96% a 98% (na verdade, segundo o IBGE é de 81, 4%) Amazonino entra em contradição. É mais uma prova inconteste de que o que falta para a nossa cidade são administradores competentes e não "Ação Conjunta". É bem sabido que o governo estadual tem por obrigação auxiliar e ajudar os municípios. Outra coisa é ciceronear ou guiar os passos de prefeitos perdidos em suas administrações como “cegos em tiroteio”.
Mas Amazonino “não dá ponto sem nó”. Ele visualiza e percebe que 2012 será ano de eleições e, portanto, as suas verdadeiras metas de 2011 serão adotar novas táticas e novas posturas. É o ano de plantar uma nova imagem. Portanto, não se iludam!
Por fim, quando afirmou que o ex-prefeito Serafim Correa não teve ajuda do governo, a quem ele realmente quis atingir? Quem era o governador na época? Com certeza ele não quis atenuar a conturbada gestão de seu antecessor, por que esse é uma “mosca”. E parafraseando o discurso de nosso prefeito, tanto a águia como a raposa velha não capturam moscas. Seu alvo é outro. E no momento, como se sabe, ele encontra-se em Brasília. São as peças do tabuleiro da política se movendo.
Muito bom!
ResponderExcluirIsso se o Negão não for cassado. Digo que tem mais gente no "game", mas é bom que pensem que são "moscas" ou cachorros - mortos, porque ninguém bate neles.
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