quarta-feira, 23 de março de 2011

NO ‘BRAZIL’ DE OBAMA, ‘YES, WE CAN!’… PODEMOS MESMO?

A expectativa gerada em torno da primeira visita do presidente norte-americano Barack Obama ao Brasil foi o centro das atenções das últimas semanas. Programas especializados em economia e política fizeram inúmeras projeções sobre a importância e as consequências deste encontro. Porém, pode-se afirmar que a visita ficou muito aquém do esperado.

           Passada a euforia e a anestesia da visita de Obama ao Brasil o que se percebe é que, de fato, pouquíssimas coisas podem mudar na relação entre nosso país e os Estados Unidos. O que vimos foi um Obama muito mais preocupado em contemplar a beleza do Rio de Janeiro do que propriamente tratar sobre assuntos que são de interesse para ambos os países. O esperado apoio para que o Brasil integrasse permanentemente o Conselho de Segurança da ONU não se concretizou e as abusivas barreiras comerciais impostas aos produtos brasileiros tiveram uma atenção ínfima nos assegurando que muito pouco ou quase nada irá mudar.
            
            Em seu tão esperado discurso, percebemos que Obama se limitou a dizer que espera um equilíbrio maior entre os dois países, que podemos ter opiniões diferentes, mas que temos muitos pontos em comuns, como a miscigenação. Relembrou, também, que os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer a independência do Brasil. Sim, é verdade. Mas não foi por mera bondade. É fato que em pleno século XIX os Estados Unidos possuíam uma política imperialista expressa na chamada Doutrina Monroe, também conhecida como “Big Stick”, a qual dizia: “A América para os Americanos”, afirmando claramente para as outras nações que, por aqui, a América já tinha dono. Mas isso, para os norte-americanos, é um mero detalhe...
            
        Obama mostrou-se extremamente simpático, e só. Discurso vazio e visita sem maior importância, que se transformou mais em passeio do que num encontro de debates e discussões que modificassem as relações que entravam o comércio entre as duas nações. Notadamente, foi um festival de bajulações de ambas as partes, tanto de Obama quanto do Brasil.
    
  Faltou personalidade e verdade. E, mais uma vez, percebe-se que o Brasil continuará preso e submisso aos ditames estadunidenses. E olha que hoje em dia poderíamos romper um pouco mais esta submissão em virtude de nosso crescimento econômico e por termos uma maior participação nos assuntos no cenário mundial. Mas pelo andar da carruagem, tudo ficará como antes. É como diz a seguinte frase: manda quem pode e obedece quem tem juízo!


          OBS: Essa semana encontrei este vídeo no youtube e achei muito engraçado. Resolvi postá-lo aqui para descontrair um pouco.

7 comentários:

  1. .Concordo plenamente quando foi citado que o Obama veio ao Brasil apenas passear, ao meu entender não teve avanço nenhum entre Brasil e EUA, e vai continuar a burocracia com a entrada de produtos Brasileiros por lá,aliás até a entrada do povo brasileiro em solo Americano,coisa que sabemos que não é tão fácil de conseguir. E Parabéns pelo blog,está sempre debatendo assuntos do nosso povo Brasileiro com muita categoria em suas colocações!!!

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  2. Avanço acho que houve dele ter vindo ao menos passear, os outros nem isso faziam. Querendo ou não ele traz os holofotes do mundo aonde quer que vá. Acho que ele está de olho no pré-sal, no bio-combustível, e talvez em mais algumas coisas que só eles sabem. No mais as aberturas para nosso milho, soja, laranja, etc, ainda continuaram pois isso depende muito mais do congresso americano do que de boa vontade do Obama ou da Dilma. Ele foi simpático, pelo menos, no mais cabe entender que ainda temos que comer muito feijão pra mandar em alguém, sendo da ONU ou não...

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  3. "Faltou personalidade e verdade. E, mais uma vez, percebe-se que o Brasil continuará preso e submisso aos ditames estadunidenses. E olha que hoje em dia poderíamos romper um pouco mais esta submissão em virtude de nosso crescimento econômico e por termos uma maior participação nos assuntos no cenário mundial. Mas pelo andar da carruagem, tudo ficará como antes."

    Bom,Arthur! Sou carioca e professora de inglês,você sabe!Acompanhei tudo isso aí! Não vamos deixar de reconhecer a importância histórica de Obama:1º presidente negro dos EUA!Mas penso que não dá pra ficar "abaixando a cabeça"! Existe um bairro bem famoso aqui no Rio:a Barra da Tijuca.Parece Miami! Quase todos os condomínios possui nomes em inglês! O carioca,o brasileiro em geral,acha os EUA a última bolacha do pacote! Já está mais do que na hora de a gente se valorizar!

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  4. Essas visitas são mais protocolares que outra coisa. A realação entre países hoje em dia não tem essa de amizade, cortezias, etc... A questão é econônimca, negócios. Sobre a ONU, é um processo lento, demorado mesmo. Coisa para dez anos. Há interesses muito grande nisso tudo. O Brasil não tem, ainda, a força necessária para "peitar" Obama pedindo lugar no Conselho de Segurança da ONU.

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  5. Ainda bem que veio só passear né ? Imagina se viesse querendo mais petróleo ou qualquer das nossas riquezas. Concordo com Francisco Teixeira , ele ta de olho e no nosso pré-sal, ou acham que ele gosto de dar uma voltinha na favela ?

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  6. "Faltou personalidade e verdade. E, mais uma vez, percebe-se que o Brasil continuará preso e submisso aos ditames estadunidenses. E olha que hoje em dia poderíamos romper um pouco mais esta submissão em virtude de nosso crescimento econômico e por termos uma maior participação nos assuntos no cenário mundial. Mas pelo andar da carruagem, tudo ficará como antes. É como diz a seguinte frase: manda quem pode e obedece quem tem juízo!"

    Genial!

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  7. Achei bom o texto, mas falta dizer algo ao contrário do que estão dizendo aqui nos comentários.

    O fato do Brasil estar crescendo, não significa que devemos romper com os Estados Unidos ou "depender" menos. Conheço alguns lugares nesse mundo. Moro nos Estados Unidos há 2 anos e sou apaixonado pelo Brasil. Mas a realidade é que estamos mil anos de sermos um país de primeiro mundo! Concordo com o Francisco que disse que ainda temos que comer muito feijão para mandarmos em alguém.

    Fui na Colombia ano passado e conhecia a Colombia antes de Uribes. O Uribes foi um dos maiores aliados dos Estados Unidos na América e no mundo. E A COLOMBIA SÓ GANHOU COM ISSO. A Colômbia hoje é um país mais seguro que o BRasil. Bogotá não possui praticamente mendigos nas ruas e muito menos meninos de rua como antes... A Inglaterra também que é muito parceira dos Estados Unidos, só ganhou com isso... E o Japão e a Coréia do Sul também.

    É claro que o Brasil precisa de mais independência...Mas enquanto a nossa mentalidade não mudar, ainda vamos precisar muito dos EUA. Eles possuem muito que nos ensinar....

    E com todas as critícas que os neo-comunistas possuem contra os EUA, ainda não conseguir entender o porque de ser "anti-americano". Chega a ser ridículo isso....

    No séc. XXI precisamos de todos os parceiros que conseguirmos ter... Com acordos BILATERAIS vamos longe...

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